Hoje participei na 2ª Corrida da Base Aérea nº 6, a prova que representou a Força Aérea no CFA – Circuito das Forças Armadas.
Decorria a década de 1930 do século passado e Portugal assistia ao crescimento da aviação militar. Alguns anos antes, no seguimento da extraordinária aventura empreendida por Gago Coutinho e Sacadura Cabral que resultou na travessia aérea do Atlântico Sul, levou a que Sacadura fosse um dos mentores da criação do Centro Aero-Naval do Montijo cujo lema era “Onde a Terra Acaba e o Mar Começa”. Posteriormente e em memória do malogrado piloto foi designado de Centro de Aviação Naval Sacadura Cabral, nome que manteve até 1953 quando passou a ser conhecida pela designação actual.
A 3ª e última prova do CFA atraiu à península do Montijo cerca de 600 corredores e decorreu num percurso misto – alcatrão, areia e terra batida – traçado nos 1.000 ha que compõem a área da base. Composto essencialmente por grandes retas ao longo dos (muitos) caminhos disponíveis, a parte mais interessante foi o troço de 1,2 km percorridos na praia fluvial e que justificou o “vem ver a melhor vista sobre a cidade de Lisboa”.
Apesar de não ter conseguido estar presente nas três provas, considero que o CFA foi uma aposta ganha pela organização, faltando apenas rever o horário da prova da Marinha. Foi o evento menos participado dos três realizados, o que (possivelmente) se terá ficado a dever ao dia e à hora escolhidos – sábado às 17h00 – aos invés da habitual manhã de domingo.
Porém, tal facto não obstou a que as três rondas realizadas se tenham saldado em boas jornadas de promoção da corrida, apelativas para os participantes e organizadas de forma exemplar pela Xistarca e pelas instalações militares onde decorreram. Parabéns!
Apenas conquistei as camisolas verde do Exército e azul da Força Aérea, ficando a faltar a branca da Marinha. Um bom motivo para voltar a participar no próximo ano.